Cerca de dez mil e cem casos de tuberculose foram registados, em 2006, pelas autoridades sanitárias na província de Benguela, numa população estimada em três milhões de habitantes. A população mais atingida compreende a faixa dos 15 aos 45 anos de idade. É a segunda maior estatística, depois de Luanda. A revelação foi feita por Manuel Domingos Jacob, responsável pela Área da Lepra e Tuberculose, da Direcção Provincial da Saúde, quando participava da 19ª sessão do programa “Viver para Vencer”, na última 3ª feira do mês. Segundo aquele responsável, o facto de a província dispor de mais unidades sanitárias do que outras, acrescido à acessibilidade aos serviços de controlo facilita a rápida notificação e consequente tratamento. As condições socioeconómicas da maioria da população, bem como o uso excessivo do tabaco e do álcool são as principais causas.
Questionado sobre os riscos de contágio massivo, uma vez que os sanatórios anti-tuberculosos estão junto de zonas residenciais, ao contrário dos antigos isolamentos, Manuel Jacob, esclareceu que “a tuberculose está enquadrada nos cuidados primários de saúde”, e que a preocupação do Programa Nacional de Saúde é tratar o doente próximo da sua residência. Pelo que, todo o centro de saúde pode atender o doente com tuberculose, garantido também que os medicamentos durante os oito meses de tratamento são gratuitos.
E será que o casal pode continuar com a sua vida sexual normal, mesmo depois de um dos cônjuges contrair a tuberculose? Os especialistas presentes ao debate esclareceram que a tuberculose só é perigosa nos primeiros dias, e pouco depois de iniciar a medicação, a vida do casal continua, basta um pouco mais de regulação.
Boletim "A Voz do Olho-AV-O", propriedade da AJS - Associação Juvenil para a Solidariedade)
Friday, March 23, 2007
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